sábado, julho 08, 2006

Avaliação dos docentes

A Associação Académica da FDL tem feito nos últimos anos, através do seu departamento pedagógico, uma avaliação aos assistentes por parte dos alunos, que posteriormente é publicada na Iuris Grafia, órgão oficial da AAFDL. No que diz respeito a este departamento e à avaliação dos docentes por parte da associação nada tenho a apontar, bem pelo contrário, apenas devo enaltecer o excelente trabalho que tem sido feito por vogais como a Inês Ramalho e a Ana Rita e por colaboradores como o Pedro Melo, Oriana, Diana Nascimento,Bernardo Reis , Vasco Barreiro e outros, com quem este ano ainda tive o prazer de reunir na condição de conselheiro pedagógico, representante dos alunos do primeiro ano.

O que acontece é que na última reunião do Conselho Pedagógico da FDL, fomos confrontados, através do Professor Loureiro Bastos, com um excelente projecto de avaliação dos docentes por parte da reitoria da Universidade de Lisboa, com recurso a formulários preenchidos pelos alunos. As perguntas que constam dos mesmos visam avaliar não só os assistentes, mas também os regentes, as cadeiras e vários outros aspectos contemplados no Processo de Bolonha. Tendo já tido acesso a um esboço destes mesmos formulários e cabe-me apenas apontar o facto de serem um pouco extensivos relativamente ao número de perguntas.

Depois desta reunião, os conselheiros pedagógicos representantes dos discentes, reuniram com o intuito de avaliar e sugerir modificações aos formulários da Universidade de Lisboa. Durante a reunião, surgiu o debate sobre o facto de, com estes novos formulários, deixar de ser necessário a AAFDL realizar os habituais questionários de avaliação aos assistentes, serviços da faculdade e da associação académica. A maioria dos conselheiros considerou que não existe necessidade de haver uma dualidade de avaliações por parte dos alunos e que os actuais inquéritos da AAFDL no futuro se deveriam apenas restringir aos serviços prestados pela associação e pela faculdade.

A minha opinião, dentro do grupo de discentes do conselho pedagógico, é minoritária, mas de qualquer maneira sinto-me na obrigação da partilhar com os alunos que me elegeram em Dezembro passado para os representar neste órgão. Na verdade, o meu ponto de vista parte, em primeiro lugar, do facto do tratamento dos dados no caso dos inquéritos da reitoria ser feito ainda não se sabe bem por quem, enquanto que os da AAFDL são feitos pelos alunos, o que pode permitir à própria associação funcionar como um meio de fiscalização dos resultados dos inquéritos da UL. Para além disto, ainda não ficou esclarecido quem vai ter acesso aos resultados da UL, se os mesmos vão ser apresentados em bruto, como vão ser filtrados e se vão chegar aos órgãos das faculdades.

De salutar ainda que a abertura destes inquéritos por parte da UL à avaliação aos regentes e às próprias cadeiras, pode ser uma rampa de lançamento para uma maior abrangência de questões aos inquéritos realizados pela AAFDL. Cabe-me apenas, apelar à direcção da associação e às possíveis listas que surgirão no próximo ano lectivo, para que haja um compromisso com os estudantes de que se manterão os inquéritos aos alunos para a avaliação dos docentes, sem prejuízo de toda a cooperação possível para o bom funcionamento destes novos inquéritos feitos pela equipa reitorial liderada pelo Professor Sampaio da Nóvoa.